Big Data: esportes se tornam vitrine para simplificar a TI
A EMC anunciou o patrocínio dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e falou sobre o desafio de Big Data por traz do evento – e a visibilidade para a TI
Após vencer a Copa do Mundo da Fifa 2014, o mercado de TI mundial ficou chocado e extasiado em saber que a seleção da Alemanha usava o software de análises de dados e computação em memória Hana da SAP para avaliar o desempenho de seus jogadores. Por meio de sensores espalhados entre chuteiras, meias e uniforme, Joachim Löw, técnico da seleção alemã, conseguia compreender o aproveitamento de seus jogadores durante um treino, sabendo, por exemplo, a porcentagem de acertos de um chute de um jogador ou quando um atleta deveria ser substituído durante uma partida, fazendo com que ele usasse melhor seu potencial e estivesse ileso para jogar a próxima partida em alto nível.
Sim, Big Data na ponta da chuteira. De modo geral, transformar a tecnologia em algo perceptível, a ponto de ser totalmente transparente para usuário final é um desafio dos fabricantes, e o esporte tem alavancado isso.
A Fórmula 1 é possivelmente um dos maiores exemplos disso. Por meio de painéis imensos, a equipe de engenharia dos automóveis consegue entender o desgaste dos pneus, o consumo de combustível, o desgaste de peças ou falha de algum sistema. Não somente isso, as análises desses dados são voltadas para previsão de eventos, o grande diferencial competitivo da categoria neste novo mundo guiado pela informação.
“Porém, na Formula 1 a maior parte da informação ainda está por trás da categoria. Já o futebol e outros esportes de massa, como o beisebol, basquete e tênis, por exemplo, são mais fáceis para se compreender que o objetivo das complexas análises de dados é tornar a informação disponível em tempo real para o fã, para o telespectador”, pontuou Tom Roloff, vice-presidente executivo de serviços da EMC, fabricante que anunciou na última semana que será a base tecnológica de armazenamento, disponibilidade e análises de dados das Olimpíadas e Paraolimpíadas Rio 2016. O executivo esteve no Brasil na última semana para o EMC Fórum e foi um dos responsáveis por falar sobre a parceria com o Comitê Olímpico Internacional (COI).
Assim como a SAP está aos poucos desmitificando a tecnologia para os usuários, o executivo acredita que a EMC e muitos outros fornecedores de TI assumirão o rumo dos esportes como chave para o processo de “tornar dados em algo perceptível”.
Rio 2016
A responsabilidade da EMC com os jogos de 2016 é gigante: um evento como esse necessita, por exemplo, que as medições de tempo sejam feitas e exibidas em tempo real, e que as comparações de tempo sejam efetuadas com precisão para que sejam lançadas no sistema global de dados. “Não podemos fazer Usain Bolt correr de novo caso não disparemos o contador quando ele sair correndo”, brinca Carlos Cunha, presidente da EMC do Brasil, lembrando que não há margem para erro.
Não somente isso, haverá uma avalanche de dados entre imagens, vídeos, tuites e todo tido de informação estruturada e não estruturada. Até o evento, a EMC acredita que suportará cerca de 117 terabytes de dados – contando que a centralizará as informações geradas em 35 instalações entre de arenas e espaços como a Vila Olímpica, onde mais de 20 mil pessoas estarão diretamente envolvidas, entre atletas e membros de delegações.
Fonte:https://uptotech.com.br/big-data-esportes-se-tornam-vitrine-para-simplificar-ti/